Conselho de sentença considerou que o acusado foi o autor do delito, mas optou por colocá-lo em liberdade. Ministério Público vai recorrer.
O mecânico, Luciano Luan Santos Lopes, de 21 anos de idade, foi condenado a cumprir mais 1 ano e 4 meses em regime aberto, no começo da noite desta quarta-feira (7), pela morte do idoso Raimundo Amourão da Silva, 78 anos e pela tentativa de feminicídio de Thaylla Pathelly Pereira da Silva. A sentença, que colocou em liberdade o réu confesso, chocou as autoridades presentes (polícia civil, polícia militar, justiça, promotoria, entidades, etc). A promotoria de justiça deve recorrer da decisão.
O crime aconteceu em outubro de 2017 e o acusado aguardava o julgamento preso.
Em entrevista a TV Rio Flores, a promotora Marina Carneiro, antecipou a surpresa do veredito, classificando a decisão do júri popular como uma “caixinha de surpresa”.
“A defesa alega insuficiência de prova. Olha, eu sempre digo que Tribunal do Júri é uma caixinha de surpresa, porque neste julgamento, o juiz da causa não é o Juiz de Direito, aquele que estudou as leis e as regras. Hoje quem vai absolver ou condenar são os sete jurados que integram o Conselho de Sentença. O trabalho do Ministério Público e da Defesa é de apresentar para esse Conselho de Sentença as provas que foram produzidas, sejam provas técnicas, testemunhais e sustentar as teses de acusação e defesa. Então, nós nunca temos controle desse resultado ou sobre esse veredito, porque nós não sabemos o que se passa na cabeça dessas sete pessoas”, disse a promotora.
Promotora fala sobre o julgamento de Luciano |