24 de julho de 2012

Justiça determina interdição da Unidade da Maiobinha


Falta de segurança e condições estruturais insalubres motivaram decisão.
23/07/2012 17h44 - Atualizado em 23/07/2012 18h34 fonte Imprimir.com
Foto: Flora Dolores/O Estado
SÃO LUÍS - A pedido do Ministério Público doMaranhão, o Poder Judiciário determinou a interdição do Centro de JuventudeEsperança (Unidade da Maiobinha da Fundação da Criança e do Adolescente –Funac). O ingresso de novos internos está proibido e os adolescentes abrigadosdevem ser transferidos em até 30 dias. Em caso de descumprimento, o Estado doMaranhão será obrigado a pagar multa diária de R$ 50 mil.
As condições estruturaisinsalubres, instalações sanitárias deterioradas, as fugas constantes ehomicídios dentro da unidade, além da superlotação, motivaram a 2ª Promotoriade Justiça Cível de São José de Ribamar a ajuizar Ação Civil Pública contra oEstado do Maranhão e a Funac solicitando a interdição da unidade.
Na manifestação ministerial, opromotor de justiça Carlos Henrique Brasil Teles de Menezes classifica a situaçãodos internados como “caótica” e em desacordo com a política de ressocializaçãoestabelecida no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Pela decisão da juíza Ana CristinaFerreira Gomes de Araújo, os adolescentes internados devem ser transferidospara outras unidades de internação definitiva da Funac que disponham deambiente higienizado e atendam às exigências da Lei do Sinase - SistemaNacional de Atendimento Socioeducativo.
A lei foi sancionada em janeiro de2012 e estabelece, nas unidades de atendimento em regime fechado, espaços paraatividades físicas e a oferta de serviços de educação, saúde, lazer, cultura,esporte e profissionalização.
O MPMA questiona a insalubridade doCentro de Juventude Esperança e o comprometimento da sobrevivência humana emcondições dignas. Na avaliação do promotor de justiça Carlos Henrique BrasilTeles de Menezes, a manutenção do espaço coloca “em risco iminente a saúde ebem estar dos adolescentes internados e da equipe de servidores públicos queali exercem suas atividades”.
As informações são do MP.