O motim estourou na Casa de Detenção (Cadet) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís no início da noite desta quarta-feira (08)
O número de mortos no Complexo
Penitenciário de Pedrinhas aumentou para 13, entre os feridos pelo menos
30. Foram transferidos para o Socorrão II 20 presos feridos, de acordo
com as últimas informações divulgadas pela Secretaria de Segurança
Pública. Neste momento, a situação já está controlada. Policiais do
Batalhão de Choque da Polícia Militar, do Grupo Tático Aéreo e agentes
penitenciários se encontram dentro do presídio contendo a rebelião.
A equipe de O Imparcial
está no local acompanhando a rebelião. Informações extra-oficiais dão
conta de que a maioria dos presos do Bloco A foram assassinados e o
número total de mortos pode passar de 20, sendo pelo menos dois
carbonizados. Já o número de feridos seria de aproximadamente 40.
As Secretarias de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), de Segurança Pública (SSP) e de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania (Sedihc) continuam no local acompanhando o caso. Também acompanham a intervenção o Grupo Tático Aéreo (GTA) e o rabecão. Quatro ambulâncias estão atendem a demanda dos feridos.
As Secretarias de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), de Segurança Pública (SSP) e de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania (Sedihc) continuam no local acompanhando o caso. Também acompanham a intervenção o Grupo Tático Aéreo (GTA) e o rabecão. Quatro ambulâncias estão atendem a demanda dos feridos.
Segundo o Secretário-adjunto da Sejap, Késsio Rabelo, os presos tomaram dois pavilhões e cerraram celas para liberar outros presos. Seis pistolas calibre 380, bombas caseiras e outras armas letais foram encontradas.
A ordem para a entrada do Choque foi expedida pela governadora do Estado, Roseana Sarney, há aproximadamente uma hora. O representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Diogo Cabral, se retirou do local às 22h por não considerar necessária a mediação do órgão já que se trata de um confronto entre duas e gangues e a rebelião não possui pauta de reivindicação. Entretanto, ele afirma que a barbárie e o número de mortos poderiam ter sido evitados caso a intervenção da Tropa de Choque tivesse ocorrido antes. "Estou muito chocado com o que está acontecendo, esta rebelião é pior do que a de 2011", afirmou.
O clima é de muita tensão nos arredores do presídio. Familiares e curiosos aguardam o desenrolar da situação apreensivos do lado de fora. A reportagem de O Imparcial testemunhou ainda a tentativa de alguns familiares de invadir o presídio. Há muito sangue no chão em frente ao Complexo. Um engarrafamento quilométrico se formou na BR-135 por conta do acontecimento.
No Socorrão II, também surge um clima de tensão com um tumulto formado pela chegada dos feridos ao hospital. Segundo moradores do bairro, há rumores de que uma quadrilha se prepara a execução de um dos presos que chegou para ser atendido.
Começo da rebelião
Em nota oficial, o Governo do Estado afirma que a confusão teria se dado em consequência da guerra de facções no presídio e do desmonte do bando conhecido como Bonde dos 40, um dos maiores do estado, com a prisão de 16 integrantes nesta semana em ação da polícia em São Luís.
Késsio Rebelo disse que a rebelião teve início por volta de 18h30, no Pavilhão 2 do Bloco F, durante um procedimento de revista padrão. Os presos se recusaram a receber a revista iniciando um confronto com os agentes. Foi encontrado um túnel que estava sendo escavado pelos presos, em que a fuga aconteceria na madrugada desta quinta-feira (10). O confronto causou desentendimentos entre os presos e resultou na briga entre as facções criminosas "Bonde dos 40" e "TCN".