Confronto entre integrantes de facção deixa mortos em Pedrinhas
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Movimentação na frente da penitenciária após confronto desta terça (17) (Foto: João Ricardo/G1) |
Quatro mortos - três decapitados - já foram confirmados, segundo a Sejap.
Outros cinco detentos ficaram feridos após o confronto.
Uma briga entre integrantes de uma mesma facção criminosa deixou quatro
mortos - três decapitados - e cinco feridos no Centro de Detenção
Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, na manhã desta terça-feira (17), segundo informações da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão(Sejap).
De acordo com a secretaria, o confronto teria começado no início da
manhã com uma disputa entre os presos pela liderança de uma facção
criminosa atuante na capital maranhense. Segundo o secretário Sebastião
Uchôa, os detentos teriam usado facas artesanais para assassinar os
rivais.
Os mortos já foram identificados. São eles: Manoel Laércio Santos
Ribeiro, pai de Gilson Cley Pinheiro Silva, que também foi morto no
confronto. Também foram assassinado Irismar Pereira e Diego Micael.
O confronto foi contido pelo Grupo Especial de Operações Penitenciárias
(Geop) com apoio de homens da Força Nacional. Equipes do Instituto de
Criminalística (Icrim) e do Instituto Médico Legal (IML) estão no local.
A investigação sobre o confronto foi encaminhada à Delegacia de
Homicídios de São Luís.
As celas da unidade agora passam por revista geral. O CDP de Pedrinhas
tem capacidade para 392 presos, mas abriga, atualmente, 738 detentos,
segundo a 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís.
Por volta de 10h35, a Sejap encaminhou nota à imprensa esclarecendo o ocorrido. Leia a íntegra da nota abaixo:
A
Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap)
informa que uma briga entre membros da mesma facção dentro do bloco
Gama, do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas, resultou, na
manhã de terça-feira (17), na morte de quatro presos, sendo três
decapitados e um esfaqueado.
O
motim foi contido por homens do Grupo Especial de Operações
Penitenciárias (Geop), com apoio da Força Nacional. A situação foi
devidamente controlada e o estabelecimento passa por uma revista
completa.
A
Sejap informa, ainda, que os crimes estão sendo investigados pela
Delegacia de Homicídios. De acordo com as primeiras informações, a
rivalidade entre os membros do grupo motivou o confronto na unidade
prisional.
Tentativa de fuga
Na tarde do último sábado (14), um túnel capaz de dar fuga a pelo menos
90 presos foi descoberto na Central de Custódia de Presos de Justiça
(CCPJ) da penitenciária.
Último confronto
O último
confronto envolvendo facções criminosas em Pedrinhas deixou pelo menos 9
mortos e 20 feridos no mês de outubro. Foi o mais grave registro, este
ano, de mortes dentro da penitenciária.
Na ocasião, o Serviço de Inteligência e Grupo de Escolta e Operações
Penitenciárias (Geop) descobriram um túnel que daria fuga a 60 presos da
Casa de Detenção (Cadet), onde ficam os integrantes de uma das facções
da capital. Os detentos resistiram à revista nas celas e iniciaram
tumulto. A Geop recuou e pediu apoio do Batalhão de Choque da Polícia
Militar.
O Choque entrou no presídio e disse ter encontrado celas abertas,
cadeados quebrados e dois presos com armas de fogo. Os detentos já
tinham invadido o pavilhão onde ficam os rivais e iniciado confronto
generalizado.
Fonte: G1 Maranhão e
Fonte: G1 Maranhão e