quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Os analistas políticos
ficaram estupefatos ao assistirem no programa eleitoral de TV do
candidato Flávio Dino, na tarde desta quarta-feira (20), os depoimentos
do jornalista Márcio Jerry, assessor do comunista. Jerry, como uma
espécie de âncora, rasgou elogios na condição de apenas “amigo” de Dino,
sem que os telespectadores soubessem que ele é o responsável direto por
todas as articulações de bastidores e negociações subterrâneas da
campanha dinista.
O programa de Flávio Dino apenas reforçou a imagem de que o próprio tem de si mesmo. Pecou pelo excesso de elogios, tais como: líder, brilhante, excelente, competência extraordinária e
etc. Não seria o caso de a própria população ter essa opinião? Elogios
fartos de pai, mãe e de um assessor não contam. Apenas uma amiga,
Larissa Abdalla, fala de Dino e esposa atual, Daniela Lima, por sinal,
bastante econômica nos elogios.
O redator do programa
eleitoral escreve de maneira sofrível e apelativa, com expressões assim:
“essa estrela que me cabe no céu da vida”. O poeta Emílio Ayoub teria
sido menos piegas. Sem perder a pose de profeta do apocalipse, Dino usa
os primeiros minutos da coligação para proferir as seguintes palavras:
“Dói saber que pessoas estão morrendo”.
Pior do que pedir votos
com a dor alheia foi o erro grosseiro do roteiro: a frase é proferida
logo após as imagens homenageando Eduardo Campos, morto em um acidente
aéreo, na semana passada.
Nem se deve citar aqui o
enquadramento da câmera, feito para que o candidato só apareça dos
ombros pra cima, em seu passeio nostálgico pela rua em que nasceu.
Melhor não comentar.
O que surpreende é ver
uma equipe de marqueteiros que se esforçou apenas para reforçar o
apelido de “professor de Deus” em um candidato que elogia a si mesmo por
ter passado no concurso de juiz “com apenas 25 anos”.Fonte: http://www.jhivagosales.com.br