11 de setembro de 2014

Encontrado ontem casal que se afogou segunda-feira, no Calhau

Corpos foram localizados a 150 m do local do afogamento e nas proximidades do Espigão.



Bombeiros observam o corpo de Antonielson Pereira; Patrícia Lima (detalhe) foi encontrada próximo ao Espigão Costeiro
Após três dias de buscas, integrantes do Corpo de Bombeiros, com apoio do helicóptero do Grupo Tático Aéreo (GTA), conseguiram localizar ontem os corpos, em estado de decomposição, de Antonielson Macedo Pereira e de Patrícia Lima Barbosa, ambos de 18 anos. O casal, em companhia de Marcos André Benice Sousa de Sá, de 39 anos, morreu afogado quando tirava fotos nas proximidades do canal da praia do Calhau, na Avenida Litorânea, na segunda-feira (8). O filho de Marcos André, de 11 anos, conseguiu sobreviver depois que foi resgatado do mar por um surfista, de nome não revelado, ainda no dia da tragédia.
O trabalho, que durou mais de 60 horas, foi feito por cerca de 50 integrantes do Corpo de Bombeiros e teve o suporte de um bote, três motos aquáticas, dois quadriciclos, duas viaturas e com o helicóptero do GTA sobrevoando a orla da Baía de São Marcos. O tenente-coronel Nepomuceno, do Corpo de Bombeiros, informou que por volta das 11h30 de ontem os bombeiros que faziam incursões pela margem da praia do Calhau no quadricíclo, encontraram o corpo de Antonielson Pereira.
O corpo da vítima estava a 150 metros da margem da
praia, nas proximidades do parquinho da Avenida Litorânea. Foram acionados os homens, que estavam no bote, para a remoção. O cadáver apresentava marcas profundas de mordidas de peixes, inclusive com vísceras visíveis, e também a pele apresentava sinais de decomposição.
No fim da tarde, os bombeiros localizaram o corpo de Patrícia Lima Barbosa a 100 metros da margem da Praia da Ponta d'Areia, próximo ao Espigão Costeiro. O cadáver estava em estado de decomposição. Uma parte dos membros inferiores tinha sido comida por peixes, provavelmente de porte grande. Apenas a cabeça e os pés da vítima não tinham marcas de mordidas.
Os peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) estiveram no local e os dois corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, para serem periciados. Logo após, foram liberados para os familiares. O sepultamento está previsto para hoje, em um cemitério da área.
De olho nas buscas - Os familiares e os amigos das vítimas acompanharam o trabalho de buscas durante três dias, na
praia. O irmão de Patrícia Lima, Weslay Barbosa, de 14 anos, falou que não esperava encontrar o corpo da irmã nesse estado, mas pelo menos na noite de ontem os seus familiares já
podiam pelo menos dormir sossegados. "É muito doido saber que uma pessoa querida está desaparecida no mar e não ter a noção se iria encontrar o corpo", desabafou.
Já as tias de Patrícia, Aurialda de Fátima e Maria do Socorro, não quiseram falar sobre o fato, pois, ao saber que o corpo da sobrinha tinha sido encontrado, começaram a passar mal e tiveram que ser amparadas pelos amigos e vizinhos, que também acompanhavam o trabalho de buscas.
A irmã de Antonielson Pereira, Ana Paula dos Santos, de 23 anos, falou que ainda ontem ela, em companhia de amigos chegaram a percorrer pela orla marítima de outras praias da capital, como da Guia, do Olho d'Água e do Caolho. "Como o Corpo de Bombeiro estava concentrado no Calhau, nós realizamos buscas nas outras praias, pois o mar poderia ter levado o corpo dela para essa área", explicou Ana Paula Santos.
O afogamento - No começo da tarde de segunda-feira (8), Patrícia Almeida, Antonielson Macedo, Marcos André e o seu filho, de 11 anos, estavam tirando fotos em umas pedras, nas proximidades do canal da praia do Calhau. A maré estava enchendo muito rápido e Patrícia Almeida, ao tentar voltar, acabou caindo na água. O restante do grupo tentou resgatá-la, mas também se afogou.
Um surfista que observou toda a ação de desespero das vítimas entrou no mar, salvou primeiramente a criança, de 11 anos, e ainda resgatou Marcos André Benice, que saiu do mar desarcordado. Ele, ao tentar salvar o restante do grupo, não conseguiu mais localizá-lo. Marcos André foi levado ainda com vida para o Socorrinho do São Francisco, mas não resistiu. Fonte: http://imirante.globo.com