Em meio à crise política e aos constantes escândalos de corrupção, divulgados todos os dias em veículos de comunicação, este ano todo cidadão apto a votar, insatisfeito ou não, terá que exercer seu compromisso com a cidadania. Por isso, a responsabilidade do eleitor será redobrada.
O ideal para o país seria uma renovação no quadro político. Novas ideias, novos nomes, candidatos mais jovens. Não somente no Congresso Nacional, mas também, como teremos eleições em todas as cidades brasileiras, nas Casas Legislativas de todos os municípios.
A cidade de Imperatriz, situada a cerca de 626 km de São Luis, se destaca hoje não somente por ser a segunda maior do Estado, mas por se tornar um pólo industrial importante para a economia maranhense.
Ricardo Seidel conhece muito bem os problemas locais, pois nasceu e se criou no lugar. Hoje, aos 31 anos, tem vasta experiência como professor de políticas educacionais em duas Universidades, uma Federal (UFMA) e a outra Estadual (UEMA), e de atuar também, como consultor social. Em entrevista ao site com sede em São Luis, “Angu de Notícias”, falou acerca de alguns assuntos relevantes para os impetrizenses.
Ele acha que falta mais vontade, por parte da classe política, para fazer o que realmente a população de uma cidade precisa: “Imperatriz é uma cidade muito quente, por exemplo. Falta o verde, faltam árvores, plantas… Por que não criar projetos para arborizar o município?”, pergunta ele indignado.
Outro exemplo de descaso acontece na maior parte dos espaços públicos brasileiros são as praças, a maioria abandonadas, e que poderiam servir de lazer, cultura e à prática de esporte, porém se transformaram em locais para reuniões de usuários de drogas e assaltantes.
“Certa vez me sentei numa praça aqui de Imperatriz e fiquei pensando em como aproveitar melhor esse espaço. Reparei que os bancos quase não existiam. Quadra de esporte, nem se fala, levaram as traves. E as plantas e árvores? Por que não se pensa em revitalizar e a criar programações culturais e esportivas infantis para atrair famílias inteiras a esses locais?”, indagou Ricardo.
Outra situação difícil em que se encontra Imperatriz é com relação à violência. O caos que se instalou na Segurança Pública Estadual, pela falta de investimentos; contratação de novos policiais e a construção de mais presídios, fez com a sociedade maranhense criasse, não uma sensação de insegurança, mas sim de medo, não só nas ruas, como também dentro de nossas próprias residências.
E Ricardo Seidel já se deparou com essa realidade quando foi vítima de um assalto, há pouco tempo, e ainda teve seu pai e avô assassinados, vítimas da crueldade dos bandidos. “ É triste quando perdemos entes queridos ou nós mesmos somos vítimas dessa violência urbana desenfreada. Trabalho com usuários de drogas e sei do que são capazes quando precisam consumir. As drogas são a principal causa desse caos na Segurança, não só aqui em Imperatriz, mas em todo o país!”, disse.“ São Luis já tem sua Guarda Municipal, que cuida do patrimônio público, mas também faz trabalho preventivo. Por que não criarmos a nossa também? São Luis tem monitoramento de câmeras nas ruas, então, por que não colocamos nas nossas avenidas também?
Pois é, quando falamos em “políticas públicas”, surgem imediatamente duas perguntas: uma sobre o que significam, e outra sobre de quem é a responsabilidade? Políticas públicas consistem em ações tomadas pelo Estado que têm como objetivo atender os diversos setores da sociedade civil. No conceito está bem claro de quem é a responsabilidade. Mas faltam, compromissos, planejamentos, investimentos, o uso responsável das verbas públicas. Quem sabe com a renovação das nossas bancadas, poderíamos, não mais sonhar, mas ver de perto a mudança que o país, o nosso Estado, a nossa cidade tanto necessita.
Fonte :http://www.angudenoticias.com.br/?p=1652