18 de abril de 2018

Presidente da Câmara diz que a assessoria do prefeito Assis está inviabilizando seu governo


Decisões erradas, como a de dar zero por cento de reajuste aos professores, tem complicado essa gestão.

Na sessão da última terça (17), foi apresentada indicação do vereador Aurélio (PT), onde consta pedido ao município da concessão de nove por cento de reajuste para a categoria dos professores. A partir disso, foi exposta a situação da dificuldade financeira da prefeitura por alguns parlamentares e a indagação por outros, das reais razões de isso estar acontecendo.
Existe uma norma chamada lei do Piso, onde o salário dos professores deve ser reajustado anualmente, dentro de negociação que ocorre entre a categoria e a prefeitura. Mas o atual prefeito alegando índice de gasto com folha maior que o permitido por lei, ofereceu zero por cento de aumento.
Carlos Hermes (PCdoB) defendeu a solicitação por achar que é uma causa justa e, mesmo que não haja mudança na decisão do prefeito de reajustar o salário dos educadores no patamar pedido, que pelo menos ofereça algo, pois são todos merecedores de um ordenado digno.
Chiquim da Diferro (PSB) se mostrou contrário à indicação e disse que votaria contra por entender que cabe ao município decidir primeiro, para só depois a discussão ser levada à Câmara, pois segundo ele, o sindicato da educação e a gestão ainda estão negociando.
O presidente da Câmara José Carlos Soares (PV), informou que em assembleia que aconteceu semana passada, foi analisada a proposta de zero por cento da prefeitura e o sindicato espera abrir outra negociação, para que o município mesmo não aceitando o que foi proposto, ofereça outro percentual e não se inviabilize na hora de pagar. Mas para ele enquanto não houver admissão de erro, o prefeito será incapaz de acertar. E isso fica aparente na sua última decisão, orientado por assessores, de chamar 500 servidores para o município, em um concurso praticamente vencido, onde em vários setores tem cinco, seis dos novos contratados que até agora não encontraram o que fazer.
“Se cada um desses receber 1000 reais são 500 mil por mês. Com o imposto vai para 615 mil, se for feito isso por doze meses, a folha de pagamento será alterada em quase oito milhões de reais, só nesta contratação. Por isso o prefeito está inviabilizando os reajustes e a gestão. Ultrapassando tudo aquilo que a lei de responsabilidade fiscal determina. Temos que ser realistas e falar a verdade para a população. Ele está mal assessorado, muito mal assessorado e tanto a cidade como a maioria dos vereadores estão percebendo.”
O vereador-presidente deixou claro que existem inúmeras outras direções erradas que o prefeito tem tomado por orientação de assessores, e que a câmara não tem culpa dessas decisões, pois o interesse é ajudar o município no que estiver ao alcance da casa.
A indicação foi colocada em votação e foi aprovada, com quatro votos contrários.
Sidney Rodrigues-ASSIMP