18 de setembro de 2018

Capacitação, consultas e avaliações nas UBS´s alertam sobre hanseníase


Ação visa facilitar diagnóstico precoce e garantir continuidade do tratamento
Capacitação, consultas e avaliações nas UBS´s alertam sobre hanseníase
 Programação conta com ações para diagnóstico precoce e capacitação de médicos generalistas sobre hanseníase (Foto: Patrícia Araújo)
A Secretaria Municipal de Saúde iniciou nesta segunda-feira, 17, ações para diagnóstico precoce e capacitação de médicos generalistas sobre hanseníase. Objetivo é ampliar acesso da comunidade em geral, atendendo pessoas com manchas na pele, de alta do tratamento e família de pacientes que já tiveram a doença. Para isso, estão sendo realizadas capacitações e mutirão de avaliações e consultas nas Unidades Básicas de Saúde até dia 26.
Pela manhã, equipe do Centro de Centro de Referência Humanizado em Dermatologia Sanitária atendeu cerca de 30 pacientes na UBS Vila Nova. O agricultor Raimundo Mendes foi um dos beneficiados. “Concluí o tratamento em abril de 2018 e ainda não tinha feito retorno, aproveitei hoje que tinha a médica aqui perto e o atendimento foi muito bom” – afirmou o paciente.
Segundo cronograma, as próximas UBS´s a receberem a equipe serão a da Vila Cafeteira, dia 20, e a da Vila Lobão, 28.  Nos dias 24, 25 e 26 será realizada capacitação para os Agentes Comunitários de Saúde, médicos e enfermeiros da Atenção Básica.
A dermatologista do Centro, Caroline Braga, explica que a principal dificuldade em enfrentar a doença é a resistência em aderir ao tratamento ou de dar continuidade. “O grande problema é que geralmente eles demoram a procurar atendimento, quando surgem manchas, ficam se automedicando e em muitos casos só nos procuram quando já está em estágio avançado” – afirmou.
De acordo com ela, ação servirá para facilitar o acesso dessas pessoas, diminuir as barreiras para adesão ao tratamento e aproximar equipe da comunidade.  “Das 27 atendidas hoje, um caso foi identificado como suspeito” – relatou a dermatologista. Isso ratifica dados do Ministério da Saúde, que indica Imperatriz como área endêmica para hanseníase.
“O ideal seria, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde, um caso para cada 100 moradores, no entanto, nossa média ainda estar um para cada 20” – informou a assistente social do programa, Rosana Frazão. Ela ressalta que, muitas vezes, o paciente conclui o tratamento e não procura mais o serviço, mesmo sendo orientado sobre os riscos de retorno da doença que pode acontecer em até 20 anos depois.
O secretário de Saúde, Alair Firmiano explica que para minimizar essa questão, além dessas ações pontuais, equipe da Semus faz busca ativa de casos. “Fazemos visitas as famílias que têm ou já tiveram casos de hanseníase para acompanhamento, fazer profilaxia de contatos e garantir a não interrupção do tratamento” – informou.