Também foram destacadas as judicializações e a independência dos poderes
Sidney Rodrigues – ASSIMP
Fotos – Fábio Barbosa
Na abertura do 8º período da 18ª legislatura na manhã da última terça, 04, houveram somente pronunciamentos. Nas falas, os vereadores tiveram discursos bem parecidos. Colocações sobre o que os imperatrizenses estão passando e o lamentável tratamento do poder executivo ao parlamento. Mesmo sendo convidado, o atual prefeito não participou nem enviou representante.
Nas palavras dos vereadores, enquanto o parlamento busca melhorias para a cidade, o prefeito toma decisões totalmente contrárias. Já passados três anos e meio não há o que comemorar e o que se vê é uma grande correria para tentar compensar o que não foi feito durante quase toda essa gestão. Se a Câmara propõe uma lei, a prefeitura derruba. Se a Câmara veta algo contrário aos interesses da população, a prefeitura sanciona por decisão judicial. Em todas as situações, a prioridade é sempre o aumento da arrecadação, e todas as práticas já foram tentadas para maltratar o povo.
Destacaram que no período de quarentena a grande maioria das cidades do mesmo porte de Imperatriz suspenderam ou prorrogaram impostos e taxas municipais, aqui foi o contrário. Mesmo com projetos apresentados autorizando a suspensão, todos os tributos vigoraram no momento mais forte da pandemia. O executivo tentou criar imposto sobre a coleta de lixo, tentou colocar multas em modo automático pelo monitoramento eletrônico, e agora em pleno aumento de desemprego, empresas quebrando, vai instalar a Zona Azul, cobrando por estacionamento em área pública, justo em umas das piores crises da economia e da saúde mundiais, fazendo o caminho oposto ao que a população espera e necessita. Deixaram claro que são todos a favor da organização da cidade, mas não da forma que está sendo feito.
De acordo com os parlamentares, a gestão municipal vem durante todo o mandato tentando travar o poder legislativo, preferindo usar a interferência da justiça em todas as decisões e definiram como preocupante a situação que o parlamento vem passando, onde tudo que é aprovado, é derrubado em tribunais aqui ou na capital, recebendo interferência de todos os lados, diferente dos outros municípios do Brasil. Tudo que a Câmara faz, pensando na cidade, através do seu papel constitucional, sofre intervenção do judiciário.
“Comissão Processante, CPI da saúde, pedidos de esclarecimentos, vetos, decretos e projetos de lei não tem mais validade e o judiciário tem falado o que os vereadores devem fazer. Soa de forma estranha que tudo que se aprova é derrubado. Os poderes são divididos e precisam ser respeitados. Imperatriz está refém de um executivo que até hoje não mostrou a que veio. Bairros abandonados, servidores perseguidos, ruas destruídas, muita truculência e falta de diálogo com as instituições. Teve a maior arrecadação da história, recebeu FUNDEF, emendas, aumento de receita. O seu discurso era de combate a corrupção, mas as atitudes foram completamente opostas”, disse Aurélio Gomes.
O líder do governo João Silva, rebateu dizendo que Assis Ramos é um ótimo prefeito, tem se mostrado muito inteligente e tem dado uma lição para a cidade, fazendo até mais do que a população esperava dele.