A Polícia Civil deverá indiciar quatro policiais militares pela morte de Marcelo Machado, de 25 anos, que sofria de esquizofrenia, e saiu de casa, no bairro Gapara, em São Luís, no dia 6 de setembro deste ano. O corpo do jovem foi encontrado em um matagal, na Vila São José 1, em São José de Ribamar, após passar 30 dias desaparecido.
Peritos do IML não conseguiram identificar a causa da morte do jovem. O resultado do laudo divulgado na quarta-feira (15) foi inconclusivo.
Marcelo foi visto pela última vez sendo colocado em uma viatura da Polícia Militar, no bairro Pindoba, em Paço do Lumiar, no dia 9 de setembro. A comunidade pediu reforço policial porque, supostamente, Marcelo teria entrado em uma casa.
O Sargento Luiz Magno da Silva e o Soldado Giovani dos Santos Silva colocam Marcelo na viatura, com as mãos amarradas. Depois disso, ele não foi mais foi visto. O corpo foi encontrado em um matagal no mês de outubro.
Os dois PMs foram afastados do serviço de rua. Eles disseram ter entregue o jovem dois supostos conhecidos.
A Polícia Civil está concluindo inquérito e diz que vai indiciar quatro policiais militares por omissão: os dois que fizeram a conduão do jovem no bairro da Pindoba, bem como os dois que estavam no comando do sistema de operação, no Ciops, e deveriam ter acompanhado a ocorrência até a entrega do conduzido em uma delegacia.
O delegado Marconi Matos, responsável pelo inquérito, disse que a conduta correta seria levar o jovem a uma unidade de polícia para que fossem tomadas providências para localizar os responsáveis.
Sem esse procedimento adotado, os policiais deveriam ter identificado as pessoas para as quais afirmam ter entregue Marcelo. “Não fizeram isso. Eles tinham o dever de garantir a vida da pessoa. Eles vão responder pela omissão”, disse o delegado.
A mãe de Marcelo, Miriam Melo, está inconformada com a forma como Marcelo foi tratado.
“Não dá nem para acreditar que a gente não sabe é a causa da morte do filho. É muito doído para mim. É muito sofrimento. Eles deveriam ter levado meu pra delegacia ou deixado por conta do bombeiro, que era o mais certo. Se tivessem feito isso, meu filho estaria hoje comigo, brincando comigo, passando final de ano com a gente hoje, mas não”, disse a mãe. Fonte: Blog do Gilberto Lima