11 de agosto de 2022

Homem que matou ex-companheira estrangulada é condenado a 25 anos de prisão em São Luís



 Os jurados do 3º Tribunal do Júri de São Luís condenaram, a 25 anos de reclusão, Guilherme Carvalho Borges, que matou, mediante asfixia por estrangulamento, Maria Alzimar Ribeiro da Silva, na noite do dia 18 de agosto de 2019.

O crime ocorreu nas proximidades da linha férrea, no bairro Pedrinhas. Maria Alzimar, de 42 anos, era ex-companheira do réu.

Após o julgamento dessa terça-feira (09), Guilherme Borges, que foi condenado por homicídio triplamente qualificado (feminicídio, asfixia e uso de recurso que impediu a defesa da vítima), foi levado de volta ao presídio, em São Luís, onde já estava preso desde o dia 27 de agosto de 2019.

O juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior, titular da 3ª Vara do Júri, negou ao réu o direito de recorrer, em liberdade, da decisão dos jurados.


A sessão de júri começou por volta das 9h, no Fórum Desembargador Sarney Costa, e só terminou às 17h. Na acusação atuou o promotor de Samaroni Sousa Maia e, na defesa, o defensor público Pablo Camarço de Oliveira.


Foram ouvidas cinco testemunhas, entre elas a irmã e um tio da vítima, e interrogado o réu, que negou a autoria do crime. Maria Alzimar conviveu com o acusado por aproximadamente 16 anos, era empregada doméstica, e tinha dois filhos com o réu. A sessão de julgamento foi acompanhada por familiares da vítima.

Na sentença, o juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior afirma que a culpabilidade do réu “deve aumentar a pena pela exteriorização da vontade dele em cometer o crime, que não se conformava com o rompimento do relacionamento, tendo seguida a vítima até o posto de combustível, onde ela estava com outra pessoa.”


O magistrado destacou o fato de o réu não demonstrar arrependimento, “mas sim, demonstra frieza em seu comportamento durante e após a consumação do crime, pois, após a prática, acompanhou os populares até o local do crime, demonstrando desprezo pela vida da sua ex-companheira, com quem teve dois filhos”.

O corpo de Maria Alzimar Ribeiro da Silva foi encontrado despido, com pernas e braços amarrados, amordaçado e com o pescoço quebrado no dia 19 de agosto de 2019.


Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 18 de agosto de 2019, Maria Alzimar Silva estava em uma loja de conveniência, situada em um posto de combustível da BR-135, no bairro Pedrinhas, na companhia de Domingos Silva.


Ao sair da loja de conveniência, Maria Alzimar da Silva observou a aproximação do réu, pediu para Domingos Silva sair dali e tentou se esconder do acusado atrás de uma mureta. O réu encontrou Maria Alzimar e começou a brigar com ela, após dez minutos de discussão, o acusado saiu junto com a vítima.

Fonte: Blog do Gilberto Lima