31 de janeiro de 2013

Gestante pode ter morrido por negligencia no Hospital Regional


Desesperado! Esta é a situação hoje da família e do esposo, agora viúvo, da jovem Ana Paula moradora da cidade de Edson Lobão, que agora faz parte da lista de vitimas fatais do descaso com que o Hospital Regional trata seus pacientes, como se ainda estivéssemos no tempo nos tempos das cavernas.

Ana Paula é mais uma vitima de maus profissionais
Após dar entrada no ultimo sábado (26), em trabalho de parto, Ana Paula apresentava pressão normal e o filho ainda mexia, relatou o pai que ainda sentiu o toque do bebê em suas mãos, mas que agora tenta de alguma forma amenizar a dor da sua perda através da justiça e denuncias feitas através dos meios de comunicação.

A jovem Ana Paula, isso mesmo, "a paciente", foi até a recepção do hospital e pediu a outro acompanhante que chamasse seu marido no carro onde dormia, isso por volta de 3 e meia da manhã de segunda (28), pois sua barriga estava endurecendo e seu bebê não mexia mais, o pior, não conseguia falar com um enfermeiro e nem um médico por que todos estavam dormindo.

Segundo Diego Alencar, esposo da vitima, Ana Paula ainda pediu para que a médica fizesse seu parto, pois ela sentia muitas dores, mas foi avisada que somente na segunda-feira (28) poderia fazer o procedimento.  Insistindo e prevendo que o pior poderia acontecer,  Ana Paula pediu novamente em prantos e disse: "Doutora, não espere que eu morra para saber como as coisas podem terminar.”

Filhos ja sentem a ausência da mãe
Durante a noite em que aguardava na recepção da “mortanidade Regional”, Diego ainda ouviu deboches dos funcionários e seguranças que diziam que não poderiam dormir por temer que alguém invadisse o Hospital. 

Mas a parte mais agonizante ainda estava por vir, quando entrou para acordar os médicos soube por volta de 6 da manhã que seu filho já estava morto, quando o médico encaminhou para a sala de cirurgia já era próximo de 8 da manhã,  mas somente às 10 horas ocorreu a cirurgia para retirar o bebê.
As próximas horas, até as 18 horas  foram para conseguir sangue e uma UTI, que o hospital não possui.

Todo esse relato é apenas um pouco de longos momentos passados pela família e o esposo da jovem que perdeu sua vida, justamente por incompetência e falta de atenção do Hospital Regional de Imperatriz. O mesmo que deveria ser referencia, por atender todas as pacientes da região e no momento que saiu da normalidade, não consegue atender com eficiência quem necessita de tal atendimento.

Filhos expressam carinho pela mãe no facebook
Ninguém poderá retornar a vida desta jovem. Não haverá quem substitua o amor que os dois outros filhos sentem por ela. A saudade e a ausência da mãe. Um de 3 anos e outra de 7 anos. São mais dois órfãos desse Hospital, que poderá daqui mais uns dias entrar com uma  série de medidas para limpar a sua imagem, mas continuará com uma dezena de apadrinhados políticos no atendimento, outras nas enfermarias e dando continuidade na sua carnificina infantil e materna, onde pouco se sabe das mortes que ocorrem por ali, mas quando são expostas a sociedade começamos a entender o quanto estamos expostos a maus profissionais e a um sistema que não funciona.

Meus pêsames ao Pai, aos filhos e a toda a família, infelizmente aqui cumprimos nosso papel de informar e de esperar que talvez a justiça assuma mais este caso.