24 de julho de 2014

TCU recebe ofício do Senado pedindo auditoria em contrato da Embratur


tcuO Tribunal de Contas da União (TCU) recebeu hoje (24) o ofício do Senado Federal com o requerimento aprovado em plenário solicitando auditoria no contrato da empresa CPM Braxis Outsourcing S.A com a Embratur, então comandada por Flávio Dino (PCdoB), candidato a governador pela coligação “Todos pelo Maranhão”.
O requerimento com a solicitação foi encaminhado diretamente pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), ao presidente do TCU, ministro Augusto Nardes.
O objetivo do pedido de auditoria no contrato visa à apuração da legalidade e da economicidade da prorrogação do contrato nº12/2009 com a CPM Braxis Outsourcing. O contrato é de 2009, mas foi aditivado pela Embratur em 2012, já na gestão de Flávio Dino.
O que chamou a atenção da CGU é que um serviço que já havia sido contratado provavelmente com superfaturamento – ao valor de R$ 2,9 milhões -, ainda precisou de aditivo. Detalhe: o contrato venceria no dia 12 de junho daquele ano e fora aditivado no dia 11, por mais um ano.
Segundo a CGU, o dano causado aos cofres públicos aponta para um gasto pelo menos 295,5% maior do que valeria. O valor de R$ 2,9 milhões saiu de uma adesão da Embratur à uma ata de preços gerenciada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
A instituição de ensino, no entanto, tem um parque de 5 mil computadores, 800 impressoras, 4.850 funcionários e chama o serviço de manutenção cerca de 48.700 vezes por ano. A Embratur tem apenas 230 computadores, 40 impressoras, 209 funcionários e estagiários e cerca de 5.300 chamadas para manutenção por ano.
Além disso, no período do aditivo firmado por Flávio Dino, a mesma empresa contratada pela Embratur, CPM Braxis, propôs ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) um contrato de apenas R$ 1.01 milhão para fazer a manutenção de um parque de informática 5 vezes maior do que o da autaqrquia comandada pelo comunista.
Outro lado
Em sua defesa, Flávio Dino usa argumentos que já chegaram a ser rejeitados pela Secretaria Federal de Controle Interno da Controladoria-Geral da União (CGU) – reveja aqui. Além disso, o comunista apresenta Certidão Negativa assinada pelo chefe de gabinete da Secretaria da CGU, Renato França, segundo a qual não existe em processo do órgão qualquer imputação de corrupção ou improbidade ao comunista.
Em nota, o PCdoB informa, desde que estourou o escândalo, que o relatório da CGU apontando as desvantagens do aditivo ao contrato “opina pela aprovação das contas da Embratur em 2012 e pede esclarecimentos sobre a gestão da informática”.
“O PCdoB afirma que o setor de informática da Embratur já encaminhou os esclarecimentos requeridos e que ainda serão julgados pelo Tribunal de Contas da União”, concluiu.
O relatório da prestação de contas e uma nota técnica da Secretaria Federal de Controle Interno da Controladoria-Geral da União (CGU), entretanto, são claros: as contas foram aprovadas com a ressalva de que se proceda à devolução do dinheiro pago a mais por um contrato “superdimensionado” assinado em 2009 e ainda aditivado na gestão dinista, em 2012.fonte:http://gilbertoleda.com.br/2014/07/24/tcu-recebe-oficio-do-senado-pedindo-auditoria-em-contrato-da-embratur/