Os órgãos possuem 45 dias para resolução dos problemas, sob pena de processo.
De acordo com o titular da 8ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Mulher, Joaquim Júnior, foram listadas 39 irregularidades na Casa Abrigo, 56 na Delegacia Especializada da Mulher (DEM) e 22 no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM).
Entre os problemas encontrados estão a falta de estrutura e higiene dos prédios (foram encontrados ratos e baratas no local); aparelhos comprados há até quatro anos, que nunca foram retirados das caixas; ar condicionados comprados pelo governo federal guardados há três anos, também em caixas; salas na delegacia sem separação para agressores e vítimas; mais de 1.200 inquéritos em tramitação, entre outras coisas.
Como resposta a todas as irregularidades encontradas, o MP entregará três recomendações, uma para o Estado e duas para a Prefeitura. Caso os problemas não sejam sanados em um prazo de 45 dias, o Ministério Público ajuizará uma Ação Civil Pública contra os órgãos.
Segundo o promotor Joaquim Júnior, a rede de assistência à mulher, em Imperatriz, se encontra totalmente sucateada e é papel do MP fiscalizar e cobrar melhorias, para que a violência diminua.
“Com uma estrutura tão precária, certamente a regra será a impunidade, no que tange à violência contra a mulher. Por isso os índices de violência continuam alarmantes”, afirma.
Segundo ele, em 2014 foram registrados 1.154 Boletins de Ocorrência na DEM, para pouco mais de 100 processos judiciais abertos. “Os órgãos da rede da mulher de Imperatriz não dão conta da demanda”, fala. Fonte: Imirante.com.br.