Segundo os bombeiros, a reignição do fogo é normal durante a extinção, mas já está tudo controlado.
Segundo o coronel Célio Roberto Pinto de Araújo, comandante do Corpo de Bombeiros do Maranhão, o reaparecimento de um foco de incêndio é comum quando se está fazendo o procedimento de rescaldo, que é o conjunto de operações para completar a extinção do fogo.
“O incêndio está controlado, nossa equipe estava na parte do rescaldo e como tinha muita fumaça no apartamento, naturalmente, e a gente tem que abrir as janelas para melhorar a ventilação e fazer a retirada da fumaça e, com isso, o oxigênio também alimenta as chamas. O que deve ter acontecido é que no foco pequeno que tinha, houve essa reignição por causa da oxigenação do ambiente. Mas isso pra gente, tecnicamente, é até bom, pois podemos identificar aonde ainda há fogo e ir lá fazer a extinção”, explicou o coronel Célio Roberto, em entrevista á rádio Mirante AM.
Causas do incêndio
Ainda não há informação oficial sobre as causas do incêndio, mas, moradores do condomínio afirmam que o incêndio foi provocado por um secador de cabelo. A dona do apartamento estava usando o equipamento elétrico, quando deu um curto-circuito. Assustada, a mulher jogou o secador em cima da cama e o fogo se alastrou.
O bloco onde aconteceu o incêndio está interditado, até que o Corpo de Bombeiros finalize os trabalhos e comprove que o local não oferece mais riscos aos moradores.
Pessoas resgatadas
Ao todo, o Corpo de Bombeiros resgatou 19 pessoas de dentro do condomínio, entre elas, dois bebês. Sendo que, dez pessoas chegaram a ficar presas no elevador do prédio. Além disso, um bebê, um adolescente e uma babá foram os últimos a serem resgatados por causa da grande quantidade de fumaça no local.
De acordo com os bombeiros, apesar do susto, ninguém ficou ferido.
Orientações
O coronel Célio Roberto alertou que, em caso de incêndio, as pessoas não devem utilizar elevadores. O correto é utilizar as escadas para poder sair do local sem correr risco de ficar preso.
Outra orientação do comandante do Corpo de Bombeiros é que os prédios devem ter os equipamentos necessários para combater incêndios, como água, hidrantes e o projeto de incêndio. No caso do condomínio Farol da Ilha, não havia água e o hidrante teve que ser desobstruído, o que contribuiu com a demora no resgate das vítimas. Além disso, não foi encontrado, no local, o projeto de incêndio, que é fundamental para combater o fogo.
“O que fica aqui é a recomendação. Um ponto importantíssimo de uma edificação como essa é que precisa atender as normas de segurança. O que sempre se cobra antes de se construir o prédio é o projeto de incêndio e aqui nós não encontramos”, afirmou.
O coronel disse, ainda, que quando há um incêndio, o bombeiro pede o projeto para poder saber como está disposto o modelo arquitetônico do local e saber onde há ventilação melhor, entre outras informações que ajudam no combate ao fogo.
A direção do condomínio Farol da Ilha já foi notificada da ausência do projeto de incêndio e deve levar o caso aos responsáveis pela construção do prédio, para que tome as devidas providências.
Ouça a entrevista completa que o comandante do Corpo de Bombeiros do Maranhão, coronel Célio Roberto, deu na rádio Mirante AM, falando sobre o caso.
Por meio de nota, a construtora Cyrela, responsável pela construção do condomínio, afirmou que quando entregou o prédio, há cinco anos, todos os itens de segurança, prevenção e combate a incêndio estavam em pleno funcionamento e validados pelo Corpo de Bombeiros. E, agora, a responsabilidade pela manutenção e troca dos equipamentos é da administração do local.
Veja nota na íntegra
A Cyrela esclarece que fez a entrega do condomínio Farol da Ilha há cinco anos, estando todos os itens de segurança, prevenção e combate a incêndio em pleno funcionamento e validados pela autoridade fiscalizadora, leia-se, Corpo de Bombeiros.
A partir da entrega do empreendimento, passa a ser de responsabilidade do condomínio, na pessoa do síndico e demais conselheiros eleitos, aprovar e autorizar a manutenção, troca ou compra de novos equipamentos.
Esse é o terceiro incêndio registrado em condomínio, só este ano, em São Luís.
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