Em maio do ano passado, a pequena São João do Paraíso foi sacudida pela Operação Usura, da Polícia Federal, que levou para a cadeia o prefeito Raimundo Galdino Leite, o Boca Quente (PV), o vice-prefeito Itamar Gomes de Aguiar, e vários secretários, acusados de desvios de R$ 5,5 milhões dos cofres municipais.
Prefeita Eva Caju, do PMDB
Foi nessa operação que o agiota Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan, ficou conhecido. Ele foi preso acusado de receber mais de R$ 1 milhão de forma irregular da prefeitura.
Com a queda de Boca Quente, vários vereadores se sucederam no comando do município. Uma intensa briga nos bastidores também foi travada. Aquele conhecido deputado “conspirador” está no meio dela – ora de um lado, ora do outro.
No início do ano, o Tribunal de Justiça decidiu que a vereadora Evaires Martins do Vale, a Eva Caju (PMDB), é quem deveria ocupar o cargo, tirando do posto o então prefeito Eldemi Aguiar, do PRTB (reveja).
Dias após a posse de Eva Caju, Eldemi conseguiu retornar novamente ao comando do município. Foi tempo suficiente para ele pegar um extrato da conta da prefeitura.
O documento mostra que a peemedebista começou sua gestão metendo os pés pelas mãos – várias categorias de servidores estão com salários atrasados. Sacou na boca do caixa nada menos que R$ 291,4 mil – R$ 261,7 mil do Banco Brasil e R$ 29,7 mil do Bradesco.
Este é um tipo de crime que já levou para a cadeia vários prefeitos no Maranhão. Recentemente a presidente Dilma Roussef editou uma lei proibindo esses saques. Existem determinações parecidas do TCU, TCE e da própria direção dos bancos.
Espera-se agora que a PF volte a São João do Paraíso para fazer a Operação Usura 2, o retorno, mas não esqueça os gerentes dos bancos.
Veja o documento comprovando o saque na boca do caixa
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