O PPS não é o único a reclamar que o
chefão comunista Flávio Dino tem o hábito de prometer uma coisa e fazer
outra após conquistar o que quer.
Já sentiram na pele o peso desta sua
característica o PDT, o PSDB, o ex-governador Jackson Lago (PDT) e até a
presidente Dilma Rousseff (PT).
Desafetos e ex-aliados usam, inclusive, uma frase para definir este traço da personalidade do chefão: “quem conhece Flávio, não vota em Flávio”.
Para um homem público se consolidar como
liderança respeitável, ele precisa ter, acima de qualquer coisa, a
garantia da palavra empenhada.
E Flávio Dino tem dificultado nos
próprios aliados a compreensão de que é cumpridor de acordos, que honra
os seus compromissos e coloca acima de tudo a palavra dada.
O PPS, o PDT, a presidente Dilma e outros políticos mostram que não é esta a postura do chefão.
A falta de palavra de Flávio Dino tem gerado, inclusive, a desconfiança em lideranças políticas do interior.
Dino até hoje não honrou compromisso sequer com os seus eleitores.
Para tentar se eleger em 2008, chamou
João Castelo de “exemplo do atraso” e, dois anos depois, estava abraçado
com o mesmo João Castelo.
Foi aliado de Jackson Lago em 2006, o
defendeu no processo de cassação e, quatro anos depois tentava, ele
próprio, ocupar o lugar do ex-governador, espalhando no interior que o
pedetista não poderia ser candidato.
Se ele não cumpre a palavra nem com o eleitor, como cumprirá com eventuais aliados?
Esta é a pergunta que já ganha corpo entre os oposicionistas…
Por Marco D´Eça