Marco Archer será executado no
próximo domingo, 18, por um pelotão de fuzilamento junto a outros cinco
prisioneiros
Marco Archer
Cardoso Moreira, em foto de arquivo preso na Indonésia. 08/06/2014
Foto: Beawiharta / Reuters
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53 anos, poderá escolher se
irá morrer de pé ou sentado, com olhos vendados ou não. Ele será executado às 15
horas deste sábado (domingo pelo fuso horário de Jacarta), por um pelotão
de fuzilamento junto a outros cinco prisioneiros, na Indonésia. O grupo foi
acusado de delitos relacionados com drogas e, mesmo depois de um pedido de
clemência feito pela presidente Dilma, todos foram condenados à morte,
inclusive Marco.
Segundo a constituição da Indonésia, todos os prisioneiros condenados à
morte são submetidos a um pelotão de fuzilamento composto por 12 pessoas. Aos
condenados, fica a escolha de ficar em pé ou sentado e de ter o rosto coberto
por venda ou capuz.
Brasileiro que será executado divulga mensagem de clemência
Das 12 pessoas, apenas três carregarão fuzis com munição real. Os outros
nove são carregados com espaços em branco. Os tiros são disparados de uma
distância de cinco a dez metros.
Se, após os tiros, o prisioneiro ainda mostrar sinais de vida, o
atirador dispara um último tiro em sua cabeça. Além disso, por lei, a execução
é feita fora da vista do público.
O brasileiro trabalhava como instrutor de voo livre e foi preso em
agosto de 2003 após tentar entrar na Indonésia pelo aeroporto de Jacarta com
13,4 quilos de cocaína escondidos em uma asa delta desmontada.
Além do brasileiro, outros quatro estrangeiros da Nigéria, Malaui,
Vietnã e Holanda também serão executados.
SAIBA MAIS
A Indonésia retomou as execuções em 2013 depois de um intervalo de cinco
anos sem aplicá-la. Em 2014, ninguém foi executado no país. As primeiras
execuções de 2015 seriam aplicadas neste sábado, mas foram adiadas para
domingo.