Eles já demarcaram o lugar, mas o dono da área nunca se manifestou.
Segundo os manifestantes, cerca de 500 famílias ocupam o local, aos poucos, há quase três meses, e, até agora, ninguém apareceu reivindicando a posse da área. De acordo com uma das manifestantes, Osmarina Lima, eles querem a segurança de poder construir no local.
“A gente está só esperando a prefeitura ir, abrir as ruas, colocar a iluminação pública, que é para a gente levantar o barraco da gente. Mas não há resposta de ninguém, nem de dono, nem da prefeitura, nem de nada. E a gente quer uma resposta, porque desse jeito fica o medo de ir lá colocar o material, construir e depois perder”, afirma.
A área é grande, começando na entrada da Vila Cafeteira e indo até um pedaço da Vila Machado, segundo Osmarina. A moradora diz, também, já foi feito um mapa do local, com a divisão das casas entre os outros moradores.
Esse levantamento prévio afirma que o dono, não identificado, tem 15 anos de IPVA atrasados, além de uma multa do IBAMA, cujo valor é especulado em cerca de R$ 50 mil.
O terreno já foi limpo pela população e, Osmarina afirma, ainda, que foram encontrados diversos materiais suspeitos, indo de peças de motos provavelmente roubadas até ossada humana.
“Foi encontrado ossada humana, um dia desses um homem amarrado lá dentro, chassi de moto, as carroças jogam lixo lá dentro. Não tem nada demarcado lá, nem cerca, nada. Então para a gente não encontrar mais pessoa morta lá, ossada, é melhor cada um fazer sua casinha e sair do aluguel”, argumenta.
De acordo com a Secretaria Municipal de Regularização Fundiária Urbana de Imperatriz (Serf), a prefeitura tem conhecimento do caso, mas prefere que o dono do terreno se manifeste e tome as providências necessárias. Se isso não acontecer, pode ser que os moradores consigam a posse da área.