28 de maio de 2015

Emoção e revolta marcam velório de taxista assassinado em ITZ


Cortejo deve passar pelo ponto onde Eurico trabalhava.

Família da vítima está inconsolável. (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)
IMPERATRIZ – Os sentimentos estampados em cada um dos rostos de quem estava presente no velório do taxista Eurico Neres da Costa, era o mesmo: tristeza e revolta. Eurico tinha 54 anos e estava desaparecido desde sábado (23). Ele foi encontrado morto na tarde dessa quarta-feira (27), no bairro Vila Chico do Rádio, a 10 km de Imperatriz.
O velório aconteceu na manhã desta quinta-feira (28), na sede do Sindicato dos Taxistas de Imperatriz, e reuniu dezenas de pessoas, entre amigos, colegas de profissão e família.
O, também, taxista, Francisco Gomes, foi amigo de Eurico por mais de 20 anos, e diz que ele era querido por todos que o conheciam. “Quem conheceu não tinha como ter ele como inimigo”, conta, antes de se aproximar do caixão para orar com a família, e voltar com lágrimas no rosto.
Gomes fala, ainda, sobre a personalidade alegre do amigo, que sempre brincava com os colegas de profissão e diz que o ponto em que trabalhavam nunca mais será o mesmo. “Pra mim a praça nunca mais será a mesma, acabou. O homem era uma graça, sempre brincando, fazendo palhaçada. Agora eu só peço a Deus que toque no coração de quem fez isso e sinta o mal que causou”.

A despedida de Eurico foi com lágrimas, canções e orações. (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)
De acordo com o cunhado de Eurico, Nilo Pereira, durante as buscas realizadas pelos amigos, uma conhecida da família afirmou ter visto o taxista com dois passageiros no banco traseiro, nas proximidades do viaduto que passa pela linha do trem, depois da Lagoa Verde.
Ele conta que a família e os amigos, até ontem, ainda tinham esperança de um desfecho diferente. “No fundo, a gente tinha esperança de algo positivo, mas aí recebemos a notícia que nós até esperávamos, mas não queríamos acreditar”, desabafa.
Para o presidente do Sindicato dos Taxista de Imperatriz, revolta e insegurança são as palavras que descrevem o momento vivido por toda a categoria. Segundo ele, todos os profissionais esperam um posicionamento da polícia e a resolução do caso.
“Revolta e Insegurança. Só isso. Nós estamos aguardando a Polícia Militar e o Judiciário, que estão no caso, então estamos aguardando uma posição deles”, diz.

Momento em que o carro que carregará o caixão até o cemitério chegou ao local. (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)
O cortejo começou por volta das 10h da manhã e deve durar cerca de duas horas. O percurso passará pelas principais ruas da cidade e deve englobar o ponto onde Eurico trabalhava, o Fórum, a delegacia e, em seguida, o cemitério. Os colegas de profissão, mototaxista e carros particulares acompanharão o caixão. O taxista será enterrado no cemitério Campo da Saudade. Fonte: Imirante.com.br.