Profissão Repórter acompanhou equipes do Samu e da Polícia Civil durante cinco dias e registrou homicídios; 47 já foram registrados este mês
Homicídios na Região Metropolitana de São Luís ocorrem diariamente (Foto: Biné Morais)
A violência em São Luís ganhou repercussão nacional nessa quarta-feira (25), após a exibição do Profissão Repórter, da Rede Globo, que mostrou o aumento de homicídios no Brasil. Na capital maranhense, a equipe do programa, que teve à frente o repórter Estevan Muniz, acompanhou, durante cinco dias, os trabalhos das equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Delegacia de Homicídios, da Polícia Civil. Nos seis primeiros meses deste ano, 416 mortes violentas foram registradas na Ilha (que inclui São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa). Somente neste mês de agosto, 47 homicídios dolosos (quando há intenção de matar) foram registrados, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-MA).
No programa exibido ontem, o repórter Estevan Muniz acompanhou equipes do Samu durante os atendimentos realizados à noite. Em uma das ocorrências, o médico Luís Alfredo atendeu a um homem baleado nas costas, que foi encaminhado para o Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão I, no Centro. Em outro caso, o homem de 33 anos baleado na porta de casa, durante a tarde, já estava morto quando a equipe chegou ao local.
A rotina da equipe do Samu, exibida no programa, continuou com mais uma ocorrência, também de homicídio. Dessa vez a vítima foi José Raimundo Ribeiro Parga, de 36 anos, que morreu após levar dois tiros pelas costas, enquanto estava em uma motocicleta. O repórter Estevan Muniz também acompanhou o trabalho da equipe da Delegacia de Homicídios e dos peritos criminais. "A maioria dos homicídios em São Luís são efetuados dessa forma: com arma de fogo, em via pública e, geralmente, devido ao tráfico de drogas", observou o perito criminal Wendell Mesquita.
Só neste mês de agosto, 66 mortes violentas foram registradas 66 mortes violentas, entre homicídios dolosos (47), latrocínios (4), mortes por confronto com a polícia (5), mortes a esclarecer (10) e mortes por lesão corporal em período posterior (3). A média diária é de 2,64 mortes na Ilha. FONTE: Imirante. Com