19 de dezembro de 2017

Manobras e contramanobras na Câmara


Vereadores discutem estratégias durante debate sobre a eleição para presidência da Casa
O dia foi de manobras e contramanobras na Câmara Municipal de Imperatriz na manhã desta terça-feira (19) durante a última sessão ordinária do ano legislativo. Grupos antagônicos desde a eleição do dia 14, que garantiu mais dois anos de comando ao presidente José Carlos Soares (biênio 2019/2020), aliados do prefeito Assis Ramos (minoria) e a maioria se lançaram ao embate regimental, com argumentos, debates e votação no Plenário.

O vice-presidente Fábio Hernandez (PSC) abriu a sessão à revelia do presidente José Carlos Soares, que estava no prédio, e colocou em votação requerimento cassando o resultado da eleição, na o presidente e sua chapa venceram por 11 a 0 (os dez aliados do prefeito não compareceram à sessão na tentativa de obstruir a disputa). Os dez votaram pela anulação do pleito.

Às 9h, o presidente José Carlos Soares assumiu o comando da sessão e antes de passar à Ordem do Dia (votação do Orçamento), colocou em votação requerimento do vereador Rildo Amaral (Solidariedade) convalidando a eleição. A disputa, claro, foi acirrada, com a maioria vencendo por 11 a 10.

Houve contestações de parte a parte, mas o requerimento foi incluído na ata, conforme orientação da Mesa Diretora.

Os aliados do prefeito Assis Ramos, estimulados por este, dizem que a saída é judicializar a eleição, buscando novo pleito. O presidente José Carlos, por seu turno, garante que tudo foi feito dentro do Regimento e diz não temer a disputa na Justiça.

Seja como for, mais uma vez o prefeito Assis Ramos sai derrotado em queda de braço com a Câmara Municipal. Oposicionistas desconfiam que sua fixação em destituir o presidente do Legislativo virou questão pessoal dele, o que perigosamente está levando a um acirramento de posições.

Definitivamente, o prefeito rachou o parlamento, porém continua com minoria, o que pode render-lhe reveses em disputas futuras.