21 de fevereiro de 2019

Bloco do Imprensa – 10 anos



    Eu sempre soube que o ‘bloquinho’ viraria um ‘blocão’. Não pelo número de participantes na folia, mas pela grandiosidade com que atingiria os corações dos apaixonados por Carnaval. Comemorando dez anos de fundação, o Bloco do Imprensa é um grande-amô-da-minha-vida. Isso porque os amores da vida são muitos: grandes, pequenos, gigantescos. Para esta comemoração, não estarei presente. Logo eu, que estive em nove edições anteriores. A nostalgia do #tbt é para dizer que, por todo esse período, fui muito feliz.
    Nos três primeiros anos (2010-2012), uma foliã empolgada. Dali pra frente (2013-2018), entusiasta-engajada-comprometida em fazer o Bloco do Imprensa sair às ruas de Imperatriz. Ora desacreditado, ora superestimado, com dinheiro ou sem dinheiro, com chuva ou sob um sol de rachar, de cara limpa ou suja de “Maizena”, o mais importante era “pular o carnaval”.
    Entre alegrias e agonias, haja história!
~ ~  Ao som do “Arrochando o Frevo”, o cortejo seguia por ruas e avenidas da cidade. Os “mil vivas” em um dia trazem a lembrança da cervejinha gelada na calçada do S. Olímpio,  das fotos na ladeira do Boteco do Frei, das conversas em uma mesa da Casa de Madrinha ou na fila do banheiro do Pêxe Pôdi, da sombra das Praças Cultura e União. Das incontáveis reuniões da comissão organizadora (com três, cinco, dez pessoas) no beco do Teatro Ferreira Gullar, no Bar do Gil e no Pão da Vovó. Do check-list, ofícios  e encaminhamentos que, às vezes, nem saíam do papel. Da escolha do tema e dos telefonemas para o Zeca Tocantins, numa insistência para que ele compusesse a marchinha do ano. Dos ânimos exaltados, da vaquinha para a gravação da música-tema em estúdio, do dinheiro do próprio bolso para comprar pilhas para os microfones emprestados pela Prefeitura. Da busca por apoiadores, da confirmação/recusa de patrocinadores, dos brindes para a premiação dos concursos de fantasia.
    Da inquietação à falta de sono por não saber como arcar com as despesas (ainda mais depois de assinar promissórias sem um real em Caixa), só apelando para a providência divina. É claro que, além das orações, o grupo de amigos empenhados fazia toda a diferença. E o que falar dessa galera cheia de afeto e ser-humanidade?
    Marcos Franco (fundador), Antônio Fabrício e Axel, sempre ao meu lado compartilhando as certezas, as belezas, as dúvidas e as dívidas. Mikasualoca, Carla Kassis e Wagner com o espírito de criatividade, gingado e alegria. Jeff e Jana, pelo jeito desenrolado e agregador. E a tantos outros que contribuíram (jornalistas e agregados): Zeca, Lucena, Chafi, Luan, Tátyna, Ralfer. Brigada, minha gente! O Bloco do Imprensa é a celebração da amizade.

 Texto: Alda Hosana Queiroz Campos