21 de fevereiro de 2019

Pediatra do Socorrinho orienta como evitar


viroses em crianças

Frequentes na infância, viroses exigem atenção dos pais e assistência especializada



 Especialista alerta para aumento de casos de viroses nesse período do ano (Foto: Patrícia Araújo)


Cuidados simples como higienizar as mãos estão entre as recomendações básicas para a prevenção das viroses que atingem facilmente crianças e idosos. O pediatra Flávio Cardoso da Costa, que integra a equipe do Hospital Municipal Infantil de Imperatriz, HMII, ressalta que todos os anos o ciclo das viroses se dá entre novembro e março, com picos nos meses de janeiro de fevereiro. Este ano atualmente 70% dos atendimentos do Hospital Infantil são relacionados a essa doença.

As viroses infantis exigem atenção redobrada dos pais, em especial para aqueles que tem filhos com idade até cinco anos. Nessa faixa etária, as crianças são mais vulneráveis ao contágio sazonal das doenças que se modificam a cada estação com a transição das temperaturas.
“Não é que a criança seja mais predisposta, ocorre é nesse período ela está na fase escolar e consequentemente tem a proximidade com outras crianças, inclusive os pais costumam dizer que a criança ficou doente após voltar da escola”, exemplifica o pediatra.
Flávio Cardoso orienta que os pais devem ficar atentos aos sinais em relação a saúde da criança, que em situação normal tem temperatura assinalada pelo termômetro de 37.8, mas acima disso já se trata de um quadro febril.

“Geralmente temperatura de quadro viral gira em torno de temperatura um pouco mais alta, fica em 37.8 ou 38. Quando isso acontece, orientamos que no primeiro dia de febre de quadro gripal o uso de medicamentos como antitérmicos, xaropes anti-tosse. Porém, se quadro evoluir para três ou quatro dias e com temperatura evolutiva muito alta com 39 ou 40 graus já é interessante fazer a procura hospitalar para avaliação”, orienta.
Os sintomas e fatores de transmissão
O ciclo das viroses durante até 7 dias e caracterizado por febre, baixa imunidade, secreções no nariz, boca, infecções de garganta e ouvidos pode evoluir até mesmo para um quadro de pneumonia. As crianças até 2 anos são mais vulneráveis por terem imunidade em formação.
Como as viroses atacam, em especial, o sistema respiratório, o meio de transmissão é o contato entre crianças em que uma delas está acometida pelo vírus. Os meios de contágio são o contato com gotículas de saliva, muitas vezes invisíveis a olho nu, que ficam no ar enquanto conversamos, espirramos e por meio das mãos que tiveram contato com objetos infectados. Sempre que limpar o nariz ou boca a criança precisa, também, lavar as mãos.
Auxílio médico
O pediatra alerta que o quadro febril de viroses pode ser agravado em crianças abaixo de 1 ano ou idosos. O interessante nos primeiros dias de sintomas, o paciente deve procurar o médico. Essa orientação, também vale para pessoas que têm deficiência respiratória e faz uso de medicamento para doenças crônicas e em razão disso tem a imunidade debilitada e gestantes.
O especialista faz questão de destacar que a criança ao apresentar quadro semelhante a viroses deve ser levada para atendimento ambulatorial público ou privado. A Unidade de Pronto Atendimento, UPA, é um local indicado e somente em último caso levar a criança ao HMII, porque se um centro de atendimento que recebe pacientes com todos os tipos de doenças, desta forma os pais protegem a criança de um possível contágio de outras enfermidades.