24 de maio de 2021

Após quatro anos, empresário Lucas Porto, acusado de matar Mariana Costa, vai a julgamento em São Luís

 

Publicitária era sobrinha-neta do ex-presidente da República, José Sarney. Sessão começa nesta segunda-feira (24) e a expectativa é que o júri popular dure por três dias.




Começa nesta segunda-feira (24) o julgamento do empresário Lucas Porto, acusado de assassinar a publicitária Mariana Costa em 2016 em São Luís. O júri tem início a partir das 8h30, no Fórum Desembargador José Sarney, na capital, e a expectativa é que a sessão dure até três dias.

O juiz titular da 4ª Vara do Tribunal do Júri, José Ribamar Goulart Heluy Júnior, será responsável por presidir o julgamento. Devido a pandemia, haverá restrições de acesso ao local do júri, que será popular.

Anteriormente, a sessão estava marcada para 24 de fevereiro, mas precisou ser adiada a pedido da defesa de Lucas Porto. Segundo o advogado da família da vítima, Mauro Ferreira, foi solicitada à Justiça a realização de uma perícia que não foi concluída a tempo.


Desde 2016, Lucas Porto permanece preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, onde responde pelos crimes de estupro, homicídio e feminicídio.

Mariana Costa era sobrinha-neta do ex-presidente da República, José Sarney, e foi encontrada morta em 2016 no apartamento onde morava, no bairro Turu, em São Luís. As investigações da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) apontaram que ela foi estuprada e morta por asfixia.


O empresário Lucas Porto, cunhado da vítima, foi preso como principal suspeito do crime. À polícia, ele confessou a autoria e afirmou que teria matado a jovem por uma atração que ele sentia por Mariana e que não era correspondida.


Após a morte da publicitária, a família de Mariana criou o projeto ‘Somos Todos Mariana’, que ajuda no combate ao feminicídio no Maranhão. A iniciativa leva para bairros e escolas, palestras que alertam sobre a importância da mobilização contra casos de violência contra mulheres.


Dia Estadual de Combate ao Feminicídio

A data do assassinato de Mariana Costa, 13 de novembro, virou símbolo de luta contra a violência com a criação do Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. Um projeto foi criado para ajudar as famílias de mulheres que foram mortas ou que sofrem com a violência.


A Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) pediu a criação de uma frente parlamentar de combate ao feminicídio. O objetivo é fiscalizar os órgãos de proteção à mulher e implantar delegacias no interior do estado para combater esse tipo de crime. Fonte:G1 MA