Monstros confessam o assassinato da família em Zé Doca – MA
A polícia do município de Zé Doca
já sabe o grau de envolvimento de cada um dos quatro acusados da assassinatos
que vitimou oito pessoas de uma família no assentamento Camuru, naquele
município, e que causou comoção à população. Tanto os dois adolescentes quanto
os adultos participaram das execuções, pois quando se reuniram para cometer o
crime já sabiam que teriam de matar as vítimas para não serem reconhecidas.
Ainda ontem, eles foram transferidos da delegacia de Santa Inês, onde
permaneciam por questão de segurança, para São Luís no helicóptero do Grupo
Tático Aéreo (GTA).
Até o fim da tarde de terça-feira,
quando foram apreendidos e confessarem ter presenciado o crime bárbaro, os dois
adolescentes, ambos de 16 anos, negavam participação efetiva, apontando apenas
Luís Teixeira Lima, o Bida, e Arnaldo Costa, o Xibiu, como executores. Mais
tarde, porém, com a confissão dos adultos, todo o crime foi esclarecido.
Bida, o mentor do crime, revelou à
policia que realmente se reuniu com os comparsas Xibiu e dois menores, dia 6,
domingo, para convidá-los para participar de uma “parada”, que seria um assalto
à casa de Jonas Lira de Oliveira. Ele ficou sabendo que Jonas Oliveira havia
recebido uma certa importância e pensou que se tratasse de R$ 10 mil, como
pagamento pela venda de seis cabeças de gado e dois lotes no assentamento, e
decidiu ficar com o dinheiro, que seria dividido com os comparsas.
Naquela noite, por volta da 21h,
eles foram até as proximidades da casa do lavrador. Xibiu e os menores ficaram
no mato, aguardando Bida, que se encarregou de convidar a vítima para caçar
tatu.
Golpe na cabeça segundo os
depoimentos, Jonas Oliveira não chegou a ver nenhum dos acusados, exceto Bida,
que o levou pelo mato e aplicou um golpe de enxada em sua cabeça e uma
facãozada no pescoço. A vítima ainda teria tentado correr, mas o criminoso o agarrou,
esganando-o.
Em seguida, Bida foi até onde
estavam os comparsas e chamou Xibiu para lhe ajudar a esconder o corpo no mato.
Em seguida, todos foram para a casa da vítima. Dois entraram pelos fundos e o
restante pela frente, e arrombando as portas a chutes.
Uma vez no interior do imóvel, o
adolescente conhecido como Irmão, anunciou o assalto e deu logo um golpe de
cutelo no filtro, espatifando-o, intimidando os moradores. Bida, então, viu uma
mulher deitada em um dos quartos e disparou dois tiros de espingarda bate-bucha
em sua direção e acabou de assassiná-la a facadas.
Irmão e Xibiu entraram no quarto da
frente e o reviraram, mas não encontraram nada. Eudivan Araújo, esposa de Jonas
e mãe das crianças, muito nervosa, disse que entregaria o dinheiro a Irmão, que
recebeu R$ 1.050,00. Os acusados, porém, não se satisfizeram com aquele valor
e, como já haviam programado, passaram a matar todos os que estavam no interior
da casa.
Um dos acusados pegou uma das
crianças e perguntou quem daria a vida por ela. Eudivan tentou salvar a filha,
se oferecendo ao sacrifício. Ela foi morta a facadas e tiros de espingarda. A
mulher pedia que não fizessem nada com seus filhos, mas Irmão, o outro
adolescente, Bida e Xibiu esfaquearam as crianças até matá-las.
Na divisão do dinheiro, couberam R$
280,00 para Bida, R$ 70,00 para Xibiu, R$ 200,00 para